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A parentalidade marca a 7ª Marcha contra a Homofobia e Transfobia de Coimbra

Foi no Jardim do Convento de Santa Clara que no dia 17 de Maio se iniciou a 7° Marcha contra a Homofobia e Transfobia de Coimbra. Mais de duzentas pessoas saíram à rua em protesto pela defesa da comunidade LGBTQIA+ e dos seus direitos, com o intuito de tornar a cidade mais aberta à diversidade e proclamar a igualdade no tema que era o escolhido neste ano: o direito pleno à reprodução. Os participantes representavam também um símbolo de luta contra a violência e o abuso verbal, uma realidade social consequência da homofobia e transfobia.

Vestidos a rigor, enquanto seguravam cartazes e bandeiras e cantavam de forma determinada lemas como “sim,sim,sim, somos assim!” e “nem menos, nem mais, somos iguais!”, o público que assistia não se mostrava muito sensibilizado com o protesto, sem grandes envolvimentos ou reações.

O evento foi organizado pela Plataforma Anti-Transfobia e Homofobia, criada em 2011, e constituído este ano por várias instituições e grupos coletivos: Associação Existências; BH; Grupo Amnistia Internacional Coimbra; Grupo de Estudante da Amnistia Internacional da FPCEUC; não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais; rede ex aequo; UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta.

O 17 de Maio foi a data selecionada para o evento por se tratar do dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do leque das doenças mentais, assinalando um dia de luta contra a homofobia. Mais tarde, este mesmo dia passou a representar a luta contra a transfobia por esta ainda pertencer ao grupo de doenças mentais pela OMS.


"Não nos calamos, reproduzimos" foram as palavras de ordem da marcha deste ano. Em defesa das questões de parentalidade, muitos foram os pais e mães que apareceram a defender a sua felicidade.

Na plateia ouvia-se ou um grande silêncio ou um entendimento limitado. Havia quem dissesse que aceitava e percebia, mas que não achava correto "virem fazer tanto barulho por causa disso, só estão a fugir à normalidade e sujeitam-se ao julgamento".


A marcha prolongou-se pela Baixa da cidade e terminou na Praça 8 de Maio, onde os participantes, depois de ouvirem o manifesto deste ano, desfrutaram de algum tempo num clima de festa até ao final da tarde.


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